Chapter Eleven

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Consciência Pesada - 2ªParte (por Rosalie Hale Cullen)

Não conseguia explicar bem o que sentia naquele momento. Era uma espécie de tortura, talvez o sentimento mais horrível que eu já tivera a aprisionar-me em toda a minha vida. Desta vez, tinha sido eu a fazer asneira. Da grossa.
Isso mesmo, a culpa era minha. Por minha causa, a miúda tinha saído da minha casa sem cuidado nenhum e, por minha causa, tinha acabado de ser atropelada por um veículo a alta velocidade, há menos de duas horas. Se as coisas piorassem ainda mais, eu nunca me iria perdoar. Ai não ía, não!
Eu, Emmett e Alice tínhamos acabado de chegar ao Hospital. Carlisle, Edward e Renée (a mãe da Bella) tinham seguido com ela para lá, na ambulância. Jasper acompanhara Charlie (o pai) até à esquadra com o condutor do carro e depois viram cá ter. Mas ainda não haviam chegado. Só Edward se encontrava, sozinho, cá fora. Renée devia estar com a filha lá dentro, tal como Carlisle.
Olhei para o chão. Imaginava que a última coisa que o meu irmão adoptivo quisesse naquele instante fosse olhar para a minha cara, mas não custava tentar. Eu tinha de pedir desculpa. Tinha de tentar fazê-lo, depois disso já não poderiam acusar-me.

– Edward...

– Sai daqui, Rose. Estamos num Hospital e não quero que vás parar às Urgências.

Eu? Às Urgências? Mas o que é que ele estava para ali a dizer? Bem, whatever...

– Eu... Queria pedir-te desculpa.

– Não é a mim que tens de pedir desculpa, Rosalie. Até porque eu só te desculparia se fosse um grande idiota. Não é coisa que mereças.

– Eu não podia adivinhar o rumo disto.

– Ninguém te pediu que adivinhasses. Apenas que não fosses uma reles ciumenta. E isso foi exactamente o que foste.

– Ok...

Voltei a levantar-me. Não importava. Pelo menos, eu havia tentado redimir-me. Se ele não queria aceitar as minhas desculpas, azar o dele.
Fui encostar-me a uma das janelas, bem longe do lugar onde Edward se encontrava. Vi Alice a ir na sua direcção. Ela era tão culpada quanto eu, mas para variar, sabia que ele a perdoaria. Era sempre assim. Eu era a má e ela ficava como boazinha. Arranjava sempre forma de dar a volta a toda a gente. Em especial ao Edward. Tinha um dom especial para fazê-lo.
Ao fim de um tempo de estar ali sozinha, senti os braços de Emmett rodearem-me a cintura pelas costas. Encostei só a cabeça ao peito dele e deixei-me estar ali, sem dizer nada. Ele também estava calado. Olhava só pela janela como eu e, de vez em quando, os lábios beijavam a minha testa calmamente.
Eu estava completamente decidida quanto ao que iria fazer a seguir. Tinha de arranjar uma forma de falar com a Bella. De pedir desculpa. Sei que às vezes me excedo um pouco, mas tudo o que fiz foi tentar proteger o que é meu, por direito. Tudo isto por conta de um estúpido vestido que eu já nem usava há anos! Será que Edward tinha razão? Eu era, de facto, só uma reles ciumenta?

– Estás bem?

Só me consegui aninhar mais no colo do meu Emmett. Aqueles carinhos sabiam tão bem, quando me sentia assim sozinha.

– Não - disse, escondendo a cara no seu peito.

Emmett era, plenamente, o meu maior refúgio. Quando me sentia perdida, desiludida, magoada. Ele dava-me todo o carinho, todo o amor que eu precisava nessas alturas. Talvez fosse por isso que Edward se sentia assim. Talvez esta rapariga estivesse a mexer mais com ele do que realmente ele o revelava a todos nós. Talvez ele estivesse, agora, a sentir o mesmo vazio horrível que eu sentia sempre que Emmett estava longe de mim, nestas alturas em que eu mais necessitava dele.
Sem eu conseguir comandar, senti uma lágrima escorrer-me pela face. Tinha mesmo de fazer alguma coisa para aliviar a minha consciência porque já não aguentava mais.

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