Chapter Five

em quarta-feira, 10 de outubro de 2012 |

- Não. Tu és perfeita, Mallory. De verdade. Eu é que não quero. Não sou como esses velhos nojentos que vos querem para se certificarem que o óleo funciona e o motor aquece. – Aproximei-me dela, notando um suave rubor nas suas bochechas. – Eu faço amor com uma mulher, não a fodo sem sentido. Ainda… não sou assim tão mau, percebes?

Olhei-a, esperando encontrar compreensão no seu olhar. Eu sabia que eu não era normal ali. Sabia que a maioria dos homens frequentavam aquele sítio para receber o melhor serviço delas. Um quarto, uma cama e uma mulher ao seu dispor era tudo o que desejavam.

Eu era diferente. Apesar de que esta mulher… Mallory, ela estava a provocar-me de uma forma não muito boa. Se eu perdesse o controlo sobre mim mesmo, eu ia acabar com ela e com aquela cama. Apesar de tudo, eram 3 meses sem qualquer relação sexual.

Ally, a minha ex-namorada costumava resolver esse problema para mim. Desde que foi embora, estou resumido ao bom-serviço das minhas mãos.

- E vens a uma boate só para beber um uísque? Vou tentar ir nessa.

Levei a sua mão onde tinha feito o leve chupão e nesse preciso lugar, dei uma mordida para ficar marcada, sem tirar os meus olhos dos seus.

- Não posso? Tenho obrigatoriamente que o lamber por todo o teu corpo? – Provoquei com voz rouca.

Dois podem jogar este jogo.

Eu sabia que estava a deixá-la tão excitada como eu estava. Podia ver nos seus olhos. Algo mudava a cada palavra que eu dizia.

Então, ela mordeu o lábio. E isso foi uma mensagem directa ao meu membro. Será que ela tinha a mínima noção do quão sexy aquilo pareceu?

- Tens. Ou tens tanta repulsa por mim ao ponto de não o quereres?

De novo. Algo mudava no seu olhar, como se estivesse agora na defesa, como se eu a fosse magoar.

- Não é repulsa. É fugir dos problemas… não é nada contigo, acredita.

Virei a mão dela e lambi a parte interior do seu pulso. Eu queria fazê-la perceber que eu a desejava, e como desejava… mas eu sabia que no fundo era apenas outro cliente que ela queria ganhar.

E nada soube melhor do que ver os seus olhos fecharem-se perante o meu toque. Era bom sentir que estava a conseguir provocá-la como ela fizera comigo.

- Então porque estás a fazer isso, se não queres?

Eu sorri internamente a pensar no que faria a seguir. Aproximei-me do seu rosto.

- Porque eu não quero ser o único… - Fui para bem perto do seu ouvido, mordendo o lóbulo antes de sussurrar. – Que vai sair daqui a escorrer.

Os seus olhos abriram-se e foram como holofotes nos meus. Eu soube que um arrepio tinha passado por ela. Simplesmente soube. Ela sorriu e pareceu-me… satisfeita com algo. Talvez a perceber que eu estava a jogar o mesmo jogo que ela.

- Não vais, é? Quem é que te garante isso? – Perguntou com a voz um pouco rouca, sexy demais para o meu juízo.

Eu podia garantir a fazer-te gritar o meu nome para todos os homens nesta merda deste lugar ouvirem quem é que vence este jogo. Oh. Porque eu tinha que pensar naquele tipo de garantia?

Suspirei, eliminando essa ideia.

- Os teus olhos garantem. – Aproximei-me dela. – As tuas pupilas estão a contrair e a dilatar, sabes o que significa? Significa que se eu te tocasse, sentir-te-ia molhada e perto de um orgasmo.

Sorri e afastei-me feliz por ter dito o que disse e não o que pensei. Não queria ouvir as respostas dela para as minhas provocações mais ávidas, sabia que só iriam fazer-me mal.

Pude sentir o desafio silencioso que ela me lançou. Eu já mencionei o quanto amo ser desafiado?

- Então… porque não vens fazer isso?

Porque eu deixaria-te incapaz de trabalhar depois. Respirei fundo, tentando ignorar a minha mente que tentava trair-me.

Ignorei o pensamento, mas não evitei aproximar-me do seu ouvido e rir, deixando que o meu hálito batesse contra o seu pescoço.

- Tu queres que eu faça? – Sussurrei rouco.
- Quero… claro que quero.

Oh. Eu ouvi-a arfar.

Deus. Baixei a cabeça e suspirei. O que é que eu estava a fazer?

- Não. – Afastei-me dela, reconfortando-me na cadeira, sem desviar os olhos dos seus. – Eu não vou. Só quero um pouco de paz, quero apenas ficar fora da minha própria vida.

Eu sabia que estava a agir como um covarde, a provocar e a fugir. A verdade é que não podia controlar o impulso de a provocar, e ainda assim, não queria nada… daquela maneira.

Tinha uma má experiência com esta vida. O meu pai traiu a minha mãe vezes sem conta com mulheres como aquelas, até eu o apanhar na cama dele com uma delas. Eu não queria ser outro Charlie. Não queria viciar-me naquilo. Tinha ódio, antes de qualquer princípio. Eu nunca pagaria a ninguém para me dar prazer.

E de uma maneira que eu não pude explicar, eu senti que devia explicações.

- Eu não vim aqui para isso. Com ninguém… Só me relaciono com uma mulher fora daqui.

Sorri e peguei a mão dela de novo, fazendo círculos na palma dela. Ela olhou-me e de alguma maneira senti-me… culpado? Isso era normal?

Baixei a cabeça e sem saber como, uma coisa veio à minha mente. Uma coisa nojenta e uma imagem pior ainda. Olhei-a rapidamente.

- Mallory… se eu não for contigo para o quarto… o teu cliente será algum… daqueles? – Apontei para os velhos nojentos atrás de mim.

Porque eu vi medo no seu olhar? Ela não gostava daquilo. Daquela vida. Foi algo que eu fiquei com quase a certeza.

- É possível… mas também, não percebo porque te importas.

Suspirei, baixando a cabeça. A lembrança veio forte, junto com a imagem que eu já tinha esquecido. O meu pai sobre uma… mulher… linda. Mas… muito jovem. Demasiado jovem para… A mulher olhou para mim e eu vi os seus olhos vidrados, assustados, com dor… fechei os olhos com toda a força, tirando isso da cabeça.

Não. Eu não podia deixar que aquilo acontecesse. Não! Se eu tinha Mallory ao meu alcance, porque eu não a livrava de ser como a outra mulher? Pelo menos pelo tempo que eu pudesse.

Levantei-me decidido, apertando a mão dela com força.

- Vamos para o quarto. Agora. – Disse grosso e sem dar espaço para ela retorquir.

Segui as indicações e levei-a para o quarto em silêncio, apertando a sua mão sem a deixar fugir. Ela entrou por último e fechou a porta, vindo logo a aproximar-se de mim.

- Ahm… como é que… queres? – Perguntou a olhar-me.

Apenas Deus sabe onde eu arranjei forças para fugir à vontade que eu tinha. Cheguei a ela lentamente e deixei as minhas mãos caírem sobre a sua cintura, apertando suavemente.

- Eu não quero nada, Mallory. Quero conhecer-te. Chega? – Sorri torto a olhá-la.

O seu rosto cobriu-se de um vermelho perfeito e os seus olhos fixaram-se em mim. Eu sabia que existia tanto que ficou ali falado naquele olhar… e ela estava tão perto…

- Conhecer-me? Porquê?
- Porque eu quero saber quem é esta menina por trás da tão sensual Mallory... os teus olhos… eu não consigo decifrá-los.

Levei a minha mão ao seu rosto e deixei o meu polegar pousar levemente sobre o seu olho que se fechou. Eu não conseguia manter-me longe dela. Era como um íman que me atraía de uma maneira estúpida.

- Eu não sou menina nenhuma.

Eu sorri ao ouvir a sua voz dizer aquilo. Será que ela sabia como soou… indefesa?

- Não? Então porque eu te sinto tão… frágil quando te toco?

Baixei a minha mão para o seu pescoço, tocando a sua pele macia. Eu esperava ver outra reacção dela, qualquer uma, que não fosse afastar a minha mão e virar costas. Vi-a respirar fundo e baixar a cabeça.

- Eu não sou frágil.

Por Deus, ela cada vez me parecia mais e mais indefesa.

- Mallory, eu não sou estúpido, nem cego, muito menos sou um cliente normal. Não sou tão facilmente enganado.

Deixei a minha mão viajar para as suas costas, traçando uma linha com o dedo indicador. Ela não reagiu, eu senti apenas um tremor por todo o seu corpo.

Eu queria que ela reagisse, que fizesse algo… mas nada. Então eu apoiei a mão nas suas costas e virei-a para mim num movimento rápido, fazendo-nos ficar muito próximos. Talvez demasiado… talvez.

- Eu quis vir para este quarto para não deixar algum daqueles velhos tocarem-te. Se achas que fiz mal, diz-me para sair. – Eu disse sem saber o que esperar da resposta.

E se ela me mandasse sair? Eu não saía. Era tarde demais para simplesmente dar as costas e desaparecer.

- Eu… eu…
- Responde, Mallory. Diz para eu sair! – Eu sei que pareci desesperado.

Mas eu só queria saber o que ela pensava e sentia.

- Eu pago a hora, mesmo só estando contigo há 5 minutos… Vamos Mallory, diz para eu sair!

E tudo aconteceu muito rápido. Num segundo estávamos a olhar-nos com uma intensidade estranha e no outro, ela estava a juntar os nossos lábios num beijo desesperado, sedento, fogoso. Deus. O que era aquilo que estava a acontecer dentro de mim? Eu estava louco?

Oh merda. Era o que me faltava. Era o único problema que eu não tinha. Uma mulher. Porque eu sabia que isto ia acontecer?

Mas… eu não consegui afastar-me como devia. Eu não consegui lembrar-me que ia pagar por aquilo. Eu não consegui lembrar-me da razão, eu apenas consegui empurrá-la contra a parede, fazendo os nossos corpos se colarem de uma maneira desesperada.

Ela levou as suas mãos ao meu cabelo e puxou violentamente. Oh Céus. Como é que ela sabia que eu adorava que…

Fode-me.

Era essa a mensagem que nós passávamos um ao outro naquele beijo. Ela conduziu os seus lábios para o meu ombro e mordeu. Com força. Eu rosnei alto ao sentir.

Talvez tenha sido a mordida dela que me trouxe um pouco da razão. Não. Aquilo não estava certo. Não ali, não daquela maneira.

Afastei apenas os nossos lábios, ainda prensado nela.

- Isto não é certo. Eu não vou ter-te porque paguei.

Ela apenas suspirou a olhar-me. De novo, sem respostas, sem reacções. Eu sabia que estava a fazer merda, que estava a estragar… qualquer coisa que existisse ali.

- Mallory eu quero que entendas, por favor, que eu não sou igual aos outros. Se eu fosse, estava a fazer-te gritar naquela cama, porque eu quero fazê-lo. Mas… isso vai contra os meus princípios.

Olhei-a enquanto tirava uma mecha de cabelo do seu rosto e colocava atrás da sua orelha. Será que ela não entendia?

E de novo, fiquei sem respostas. Eu sabia que ela sentia… algo, por eu ter… fugido como fugi do beijo. Eu sabia que não devia ter sido daquela maneira.

Porque eu queria que fosse diferente.

- Deixa-me conhecer-te.

Beijei a testa dela suavemente, tentando não provocá-la mais. Eu senti-a como se fosse uma criança com medo que lhe roubassem o brinquedo. Ela parecia-me assustada.

E eu queria saber mais dela. Fora daquele lugar. Apenas isso.

- Eu não sirvo propriamente para… - Cortou a frase sem me deixar entender. - Não sou o tipo de rapariga que qualquer homem quer conhecer, sabes?

E agora a mágoa na voz dela. Eu imaginava o porquê de ela dizer e sentir aquilo, de verdade. Mas existia uma diferença naquilo tudo…

- Eu não sou qualquer homem. Essa é a diferença. Sou problemático, impulsivo, nervoso… eu tenho muitos defeitos. – Sorri fracamente. - E então? Deixas-me, por favor, conhecer a Mallory?

- Não sabes no que te estás a meter…

E foi tudo o que ela disse, de cabeça baixa. Era verdade. Eu não sabia. Mas e daí? Eu queria descobrir.

- Por acaso… - Enlacei a sua cintura, puxando-a para mim. – Sei. Estou a meter-me com uma linda mulher que atrai todo o tipo de atenção que eu tenho. É crime?

Eu queria vê-la sorrir. Nunca tinha visto e realmente gostava de poder ver. Então tentei… sem sucesso.

- Eu não sou a pessoa certa para ti.

O seu tom foi frio, cortante. Como se estivesse a fazer de propósito para me afastar. O problema é que eu tinha um escudo forte contra isso.

- Isso sou eu quem decide. Eu também não sou o homem certo para ninguém, Mallory. Eu não sou bom. – Disse em tom de aviso.

Beijei o canto dos lábios dela docemente. O seu cheiro entrou em mim… eu queria, como nunca, conhecer aquela mulher que estava tão frágil nos meus braços.

- Eu… eu não… espera. – Ela pediu.

E empurrou-me! Como se tivesse força que me afastasse dela naquele momento… ninguém teria a força necessária. Apenas eu. E foi o que fiz. Afastei-me dela. Como se a sua atitude fosse um choque no meu corpo. Ela estava a confundir-me... eu não sabia mais o que dizer ou fazer.

- Ok… desculpa… - Eu não ia estar ali se ela não quisesse. – Queres que eu vá embora?
- Não posso… eu… não posso. – Ela disse, praticamente em pânico.

Eu não sabia o que estava a acontecer. Mas estava bem visível que ela não me queria ali. Eu ia embora. Decepcionado de uma maneira que eu não conseguia explicar. Como eu podia estar desiludido com ela? Eu conhecia-a há uma hora. O que eu pensava? Que ela ia ser maluca como eu ao ponto de me apegar a alguém assim tão rapidamente?

Não. Por mim ninguém nunca o faria.

- Ok, Mallory. – Suspirei. – Diz-me apenas uma coisa… queres que eu volte?

Se eu podia explicar a esperança que sentia? Não.

- Não posso fazer-te isso.

Porque ela estava a ser tão fria? E porque no fundo eu sentia que ela queria dizer tudo menos aquilo?

- Não podes? Ou não queres? É uma grande diferença, Mallory.

Sim, porque eu sabia a diferença que era. Foda-se. Eu não era um adolescente. Eu sabia distinguir muito bem as coisas. Aprendi cedo na vida a fazê-lo. Aprendi a ser enganado e a distinguir o certo do errado, o bom do mau, o querer e o poder.

Eu queria não ter-me iludido com ela. Eu não devia tê-lo feito. Eu sabia que a vida não é como nas novelas. O que eu estava a pensar afinal? Que eu ia ser um príncipe encantado e por salvá-la dos piratas maus ela ia apaixonar-se perdidamente por mim e iria querer-me para sempre? É mandar para a puta que pariu a pessoa que escreveu isso. Merdas de ilusões.

- Não posso… – Respondeu com a cabeça baixa. – Desculpa.

Eu apenas me afastei mais dela. Porque ela não dizia logo que não queria? Era mais fácil.

- Certo… eu vou embora.

Fui até ela e beijei a sua testa, sem conseguir evitar fitar os seus lábios. Ainda estavam vermelhos e inchados. Pelo nosso beijo…

Encarei-a, encontrando os seus olhos pregados nos meus. E não deu. Eu não pude fugir, resistir, ignorar o que senti. Simplesmente levei as duas mãos para o seu rosto e beijei-a… ela correspondeu de forma quase desesperada.

Apertei o seu corpo contra o meu com mais força do que o necessário. Eu ainda estava cego por aquela mulher. Eu avisara que não era bom eu estar incontrolável, mas ela… ela parecia querer-me tanto ou mais do que eu, naquele momento.

Mas foi o meu próprio gemido que me fez acordar. Eu estava a forçá-la. Ela tinha pedido para eu sair.

Tentei afastar-me mas Mallory surpreendeu-me ao abraçar o meu corpo, não deixando criar alguma distância entre nós… será que ela tinha a noção do que provocava ao fazer aquilo? Eu não devia… não…

- Tu disseste que não podias. – Forcei os meus lábios cobertos pelos dela.

Mallory afastou-nos. Baixou a cabeça e não respondeu.

Ainda assim, com o silêncio dela ganhei uma esperança… ela abraçara-me, não me deixara afastar. Isso queria dizer alguma coisa? Sim? Não? Eu estava confuso.

- Esse poder não significa não querer… não é?

Voltei a aproximar-me, abraçando a lateral do seu pescoço com a minha mão.

- Se queres ir é melhor que o faças.

Curta, fria e grossa. Era essa a maneira que ela tentava afastar-me. E conseguia agora. Era graças a isso que eu encontrava a razão para me controlar e pensar no certo e no errado a fazer. Eu não ia magoar ninguém. Mas isso não significava que…

- Eu vou. Mas eu volto, Mallory.

Nada. Apenas um olhar. Eu podia quase dizer que esse olhar implorava para que eu a beijasse. Mas as suas atitudes faziam o contrário.

- Amanhã eu volto. Acredita nisso.

Fui até à porta e abri-a. Olhei para trás, ainda esperando uma reacção dela. O quão burro eu pareci ao fazê-lo?

Virei costas e saí dali. Estranho. Parecia que um novo Tyler estava dentro de mim. O que era aquilo, quem eu era? O que merda ela fizera comigo?

- Olá, olá, lindão. – Uma voz feminina apareceu à minha frente.

Woah. Outra… menina.

- Olá.
- Então… a tua hora foi boa com a Mallory?

Foi perfeita! Serviu para me deixar um merdas pior do que já era.

- Sim, foi… muito boa. Ela é perfeita. – Sorri. Não era mentira.
- Ainda bem… e… - Passou a mão pelo meu peito.

Porque eu me lembrei que Mallory tinha feito o mesmo comigo?

- Gostarias de outra hora? – Oh… a voz sensual… e não-tão-sensual para mim depois de Mallory.
- Não, de verdade. Ela… cansou-me. – Ri, tentando não parecer culpado.
- Hum, estou a ver.

Ouvi passos lentos vindos da direita. Eu sabia que era ela. Estava parado em frente ao quarto, eu sabia que ela ia sair. Inconscientemente ficara a falar com aquela mulher para a ver de novo.

Olhei-a e eram… lágrimas em seus olhos? Tudo ficou turvo, eu não ouvia mais nada e por um segundo só a vi a ela que trocava os olhares entre mim e a mulher à minha frente.

O segundo foi pouco. Logo Mallory passou por nós e desceu as escadas. Boa! ... Merda.

- Tchau. – Disse, antes de me direccionar para a saída, sem ouvir mais nada.

Fui rápido a passar por todos os homens. Eu sabia que ela estava por ali. Sabia que ela estava a pensar qualquer merda sobre mim e a outra mulher. Eu esclareceria na noite seguinte.

Assim que senti a brisa da noite, respirei bem fundo, fechando os olhos e vendo o seu rosto na minha mente. Perfeito. Ela já estava até gravada na minha mente. Que bonito…

Só aí me apercebi o quão fodido estava. Ela podia acabar comigo agora. Eu estava vidrado naquela mulher.

Dei dois passos, olhei para trás, e disse a mim mesmo que…

Isto não acaba aqui.

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