Chapter One

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
20 de Novembro, 2006
04:32h

Corria tudo dentro dos parâmetros normais.
A cidade permanecia inacordada, ela e os seus cerca de 336 habitantes.
Mansfield era situada no estado de Washington, mais concretamente no Condado de Douglas. A localidade mais próxima era situada a cerca de 22 Km, Bridgeport, e a seguinte, Chelan, a cerca de 29 Km de distância.
À primeira vista, tudo se encontrava repleto de normalidade. À vista curta e de seres especialistas neste factor como eu... Havia algo que não estava bem.
Desde há décadas que várias coisas fugiam do alcance dos humanos, nesta zona. Após lidarmos com o massacre em Seattle e de descobrirmos a existência deles em Forks, esta era a paragem seguinte escolhida pelos demónios assassinos.
Vampiros.
A maior parte da humanidade desconhece a sua existência ou, se é confrontada com ela, acha que tudo não passa de mera fantasia. Eu poderia dizer o mesmo se eles não tivessem assassinado a minha mãe. Se não estivesse, hoje, a caçá-los.



Flashback
Passava da meia-noite. Como de costume, eu descia as escadas uma a uma, para ir inspeccionar os livros do meu pai, no escritório. Tinha descoberto alguns bem interessantes, mas imaginava o caos que seria se ele descobrisse que lhes mexera. Resolvera não dizer nada.
Parei logo no quinto ou sexto degrau. Não me lembrava disso, ao certo. Lá em baixo, havia barulho. Pareciam os meus pais. Parecia que eles discutiam. Eu nunca os tinha ouvido discutir, então, estranhei imenso.
Resolvi descer os restantes degraus, mas não me atrevi a entreabrir, sequer, a porta. Fiquei a olhar uns instantes para ela, até que o grito da minha mãe me despertou. Agarrei mais o urso que trazia nos meus braços e encostei-me à parede. Aguardei uns minutos, até o barulho passar e, quando tudo acalmou, aproximei-me da porta da cozinha.
Ao abrir levemente a porta, vi as pernas da minha mãe esticadas na horizontal pelo chão. Uma vasta poça de sangue estendia-se aos seus pés. O meu coração acelerou, com o pânico. Aos poucos, fui abrindo mais a porta e o que vi, de seguida, fez o meu peito explodir em lágrimas nos meus olhos.
Ela estava morta, com um homem inclinado sobre o seu pescoço, tratando de terminar o trabalho que já tinha começado. Ele levantou a cabeça para mim e algo no seu olhar me mostrou arrependimento. Mas eu ainda via o sangue da minha mãe a escorrer-lhe pela boca. Assustada, dei um passo para trás. Ele nem sequer o seguiu. Olhou para cima e o semblante adquiriu uma expressão de medo.
Não percebi o que aconteceu, apenas me lembro de ouvir a voz do meu pai a mandar-me fechar os olhos e de o fazer. Quando voltei a abri-los, ele estava à minha frente e secava a lágrima que, entretanto, caíra pela minha face. Apertei mais o meu ursinho de peluche contra o peito.

– Vai tudo ficar bem, meu amor - disse-me ele. Atrás de si, ardia uma enorme fogueira.


Eu tinha apenas cinco anos, nessa altura. Mas as imagens ainda me passavam pela lembrança, constantemente. A partir daí, e quando o meu pai me contara o que se tinha passado, e quem ele era, resolvi seguir-lhe as pisadas. Saber que poderia destruir todos os da espécie daquele que havia destruído um dos seres que mais amava neste mundo, fazia aliviar a dor, aos poucos.
Treinei, treinei imenso para chegar a este lugar. Mas até hoje, nunca deixara nenhum deles vivo. Excepto aquela miúda... E toda a sua família. Eles não eram humanos, era certo. Mas não me parecia correcto matá-los, uma vez que não viviam propriamente como os monstros que eram. Afinal, ainda haviam princípios entre os demónios assassinos. Isso agradava-me. Mas não iria dar cabo da minha missão, neste mundo.
Os "vampiros nómadas" como eles lhes chamavam, iriam continuar a existir. E desses, trataria eu. Os Cullen tinham continuado a viver graças à minha permissão. No entanto, e caso fizessem algum tipo de asneira para morder a mão que lhes havia concedido a dádiva de continuarem a habitar neste mundo, rapidamente eu poderia voltar atrás. E, nessa altura, o fim deles já não seria tão próspero.

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