Chapter Thirteen

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Os Primeiros Raios De Sol

Já lá iam quatro dias e meio desde que eu estava fechada naquele quarto de Hospital. Não que fosse muito necessário mas era o conselho de Carlisle que eu ficasse em observação durante mais algum tempo. Sinceramente, a minha vontade de o fazer não era nenhuma. Estava mais que farta de estar ali. Apenas as visitas de Edward e dos meus pais me iam animando. Posso até dizer que era meio estranho ver o meu pai tão preocupado com o meu estado a ponto de passar quase umas dez vezes por dia por aqui, mas não deixava de ser algo bom. Apesar de eu dispensar bem o motivo da atenção que ele me tem dado.
Os músculos já me doem menos. Carlisle insistia diversas vezes que era normal custar-me um bocado, tinha sido uma grande pancada e não deixava de ter razão. Só esperava era que estas dores parassem de uma vez por todas para eu poder voltar para casa. Isso era mesmo o que eu mais queria neste momento.
Esta era altura em que eu esperava pacientemente a visita de Edward. Ele costumava aparecer sempre por aqui mais ou menos por volta desta hora, que era aquela em que as aulas dele acabavam. Não o podia culpar por não poder passar todo o tempo comigo. Muito já ele vinha fazer aqui todos os dias, sempre a tentar animar-me. Pelo menos fazia-me sorrir, coisa que eu tinha tudo menos vontade de fazer.
Apesar de tudo, das dores, de não me poder levantar, de estar condenada a ter alguma companhia apenas quando tinha visitas, havia uma coisa que me continuava a incomodar mais do que as outras e que eu não podia fazer nada para desligar. O raio da sensibilidade ao cheiro do álcool. Desde pequena que eu era assim, demasiado frágil, demasiado fraquinha com estas coisas. Isso irritava-me. Não suportava os cheiros da lexívia, do éter, o álcool e, principalmente, do sangue. Isso mesmo. Eu desmaiava com o sangue. Há pessoas que desmaiam quando o vêem mas eu sinto-lhe o cheiro. Juro, a sério! Era por todas estas razões que eu ODIAVA hospitais.

– Boa tarde, minha Bella.

Sorri de imediato mal vi a cara de Edward fazer-me o mesmo, enquanto ele entrava no meu quarto. Nos últimos dias tinha-me habituado a estes apelidos carinhosos dele, sinceramente acho que eles eram uma das razões principais para eu estar a recuperar tão depressa. O carinho e a dedicação de Edward eram a maior cura que eu podia ter. E quando ele me chamava assim, de minha Bella... Não fazem ideia, o coração quase que me saltava pela boca de felicidade.

– Olá.

– Como te sentes hoje? - perguntou, não demorando muito a vir sentar-se à beira da minha cama.

– Óptima...

... Especialmente agora que aqui estás...

– Ainda bem.

Oh Deus, eu derretia-me completamente quando ele me sorria assim! Juro que ficava completamente feita em papinhas Cerelac. Era tão bom que ele se preocupasse comigo, eu gostava tanto quando ele o fazia. Fazia-me sentir tão... Importante para ele.

– Obrigada por teres vindo, outra vez.

Novo sorriso. Aquele até me fez corar de tão intenso que foi. Não consegui evitar desviar os olhos dos dele.

– Edward...

– Diz... Bella...

– Aa...

Ok. Eu devo parecer uma atrasadinha, sem dizer nenhuma palavra, mas caramba, eu sinto que estou mesmo a gostar deste rapaz! Para valer mesmo! Qualquer réstia de fraquinho que eu ainda pudesse ter pelo Jake esteve a ameaçar desaparecer por completo ao longo dos dias que têm passado. Neste momento, é o Edward que me faz bater o coração, que me faz parar de respirar, que aparece nos meus sonhos e me beija. Oh Deus, o que é que eu faço?

– Sim?

Acorda, Bella!

– Eu...

– Posso? - perguntou uma voz, parada à porta do meu quarto. Suspirei. O que quer que eu fosse dizer a seguir (que nem eu sei o que era), teria de esperar pela próxima vez. Agora, tinha de descalçar esta senhora bota.

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