Chapter Twenty-Seven

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
Confissões

– Quem é o Jake?

Suspirei. Ok. Eu sabia, à partida, que as perguntas da parte de Edward acerca do meu passado começariam, a partir do instante em que alguém abordasse este nome. Só que, a esta altura do campeonato, eu ainda não conseguia perceber se já estava pronta para responder ao que quer que fosse que estivesse relacionado com esse tópico.
Sim. Na verdade, Jake ainda era o meu pior pesadelo. Até há uma média de pouco mais de duas semanas, eu ainda sonhava com ele... Até conhecer Edward. Até me apaixonar perdidamente por Edward.
Agora, esses tempos pareciam-me pertencentes a outra dimensão. Como se os tivesse vivido numa outra vida, há muito, muito tempo. Como se os factos que compunham esse passado fossem peças do puzzle de uma outra época, bastante longínqua da que eu vivia agora.

– O Jake... É... O meu melhor amigo...

– Só melhor amigo ou mais alguma coisa?

Ergui os olhos para Edward, após conseguir ter tempo para enxugar os vestígios das lágrimas, que ainda se passeavam pela minha cara. A sua expressão estava dura, quase fria, quase...Oh, não me digam que ele está com ciúmes do Jake!!

– Ele foi... Meu namorado... Mas acabou.

Olhámos um para o outro, por instantes. Senti que o ar começava a ficar meio pesado, entre nós dois, devido àquele tema.

– E por que raio de coisa fui eu comparado a ele, posso saber?

Suspirei, uma vez mais. Os meus olhos foram caíndo, lentamente, para o chão.

– Porque... Porque ele me deixou... Porque ao princípio, passávamos o tempo todo juntos, e com o passar dos anos... Ele cansou-se de mim e... Aproveitou o facto de eu ter de mudar de cidade para acabar tudo comigo... Foi essa a razão do meu pai.

– Continuo sem perceber onde queria ele chegar.

– O meu pai... Não está a planear ficar aqui em Forks durante muito tempo. A minha mãe não gosta muito deste sítio e... Depois do que aconteceu, com aquilo do acidente e isso... - Achei melhor mudar de assunto - Bem... Eu também não gostava de Forks... Antes.

– E o que te fez mudar de opinião?

Olhei para ele.

– Tu.

Vi-o aproximar-se de mim, de novo. As mãos rodearam-me a cintura e abraçaram-me, protegendo-me contra a perfeição do seu peito. Fechei os olhos e voltei a suspirar. Era inevitável sentir-me nas nuvens quando estava tão perto dele.

– Numa coisa tens razão.

Sorri um pouco.

– Em quê?

– Eu não sou o Jake. Nunca te vou magoar. Juro.

Aninhei-me mais nos seus braços. Sentiria o mundo, de novo, a parar, se Edward não me tivesse levado para o carro, depois de me beijar na testa, da forma mais querida que eu alguma vez havia sentido.
Todo o conforto à nossa volta era bastante visível, no Volvo cinzento de Edward. As minhas costas embateram com suavidade no banco do pendura e permaneceram sempre muito relaxadas durante a viagem inteira.
Eu nem sequer sabia para onde ele me levava. Não tínhamos sequer planeado um local de destino para aquela saída. No entanto, eu não precisava de ter a certeza de que rumo tomaríamos. A partir do instante em que estava com Edward, qualquer caminho por que enveredasse me faria feliz.
Fechei os olhos, logo no ínicio da viagem. Não despertei até sentir o carro a parar de vez.

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