Chapter Twenty-Three

em quinta-feira, 11 de outubro de 2012 |
No Shopping

Nem podia acreditar onde estava naquele momento. Aliás, para começar, nem podia acreditar que a Alice me conseguira arrastar para aquele lugar. Como é que ela conseguira dar-me a volta tão facilmente? Eu nem tinha resistido...

– Vá lá, Bella!

– Alice...

– Estou completamente de rastos. Vais sentir-te mal para o resto da tua vida por deixares uma amiga deprimida, sabes? É isso que queres?

– Não, mas eu...

– Ainda bem, porque o melhor remédio para a depressão é uma ida ao Shopping. Vá lá, vá lá, vá lá!

Eu odiava quando a Alice me fazia aqueles olhinhos de carneiro mal morto que convenceriam até o mais duro dos corações. Era horrível, penoso! Fazia qualquer um vacilar e ter de ir contra a sua vontade. Tinha sido o meu caso.
Agora, não havia nada a fazer. Tinha assinado a minha sentença a partir do momento em que deixara que a irmã de Edward me levasse para o carro dela e acelerasse estrada fora rumo a Port Angeles. Ainda não acreditava, definitivamente, que estava a fazer isto.

– Oh, vá lá, Bella! Não vai ser assim tão horrível!

Acenei apenas, permanecendo calada durante o resto da viagem. Não que houvesse falta de assunto, apenas havia assunto em demasia. Alice ainda não parara nem para respirar desde que me viera buscar para o nosso "passeio".
O centro comercial estava cheio, àquela hora da tarde. Maior parte das pessoas já haviam saído do trabalho, facto pelo qual deveria haver tanto movimento. Quase nem se respirava ali dentro.
Alice e eu corremos de ponta a ponta todas as lojas dos três andares do Shopping. Eu estava a ficar exausta. Digamos que passar três horas a ver roupas, sapatos, bijuterias, perfumes e maquilhagens não era exactamente o meu modelo de final de tarde perfeita. Perdera a conta às vezes em que Alice me fizera experimentar vestidos e me enfeitara com colares e pulseirinhas como se eu fosse uma menina de 2 anos que a mãe leva às compras pela primeira vez. Chegava a ser cansativo.
Assim que parámos no restaurante para jantar, agarrei as nádegas à cadeira como se as tivesse bezuntado com cola. Não conseguia mexer sequer mais um músculo. Estava exausta. Nem sei se conseguiria comer sem correr o perigo de, a qualquer momento, ter a minha cabeça a cair directa dentro do prato.

– Foi divertido, hã?

– Muito - suspirei.

– Eu sabia que irias gostar - suspirou ela, mas de uma forma muito convencida... Parecia mesmo muito certa do que dizia - Ahi, sinto-me muito melhor.

– A depressão já se foi?

– Hum, hum - acenou ela, antes de pegar no menu do restaurante e o olhar durante os minutos, antes de mo pôr à frente - Aconselho-te os escalopes. São óptimos.

Acenei só. Vamos lá... Ia fazer-lhe mais uma vontade. Mas eu faço mais alguma coisa da vida?
Deitei a cabeça cansada em cima da mão. Parecia que ía explodir. Se eu me visse em casa...

– A seguir, tenho mais uma lojinha para te mostrar. Vais AMAR!

O quê?! Oh não! Mas eu pensava que este suplício já tinha acabado!

– Alice...

– Estás em pulgas, não é? Eu sei, eu também fico assim quando vou a alguma loja que ainda não tinha conhecido antes. É tão excitante!

Será que ela não percebia que eu ODIAVA compras?????!
Suspirei de novo. Não havia outro remédio. Ela nem me dava tempo para explicar nada... Mais valia desistir.
Nem a comer consegui que ela se acalmasse um pouco. Edward tinha-me dito que Alice ficava assim quando vinha a estes sítios? Não me lembrava de nenhuma referência parecida. Alice parecia uma criança que vinha a uma loja de brinquedos. Pior, uma fã histérica por conhecer o seu maior ídolo. Um animal do seu habitat natural. Será que as lojas eram o habitat natural da Alice? Nem ía tentar saber a resposta...

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